Setor automotivo encerra 2013 com estabilidade

São Paulo, 6 de janeiro de 2014


fotoConsiderando o desempenho da economia, com PIB em torno de 2,5%, o balanço geral do setor da distribuição automotiva foi razoável, na avaliação da Fenabrave. No acumulado de 2013, o resultado global foi de queda de 2,29% e 0,15% negativo se não for considerado o balanço de motocicletas.

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A Fenabrave – Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores, entidade que representa mais de 7,6 mil concessionários de veículos de todo o Brasil, divulgou hoje (03), durante coletiva de imprensa, os emplacamentos de dezembro e o desempenho do setor automotivo em 2013.

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De acordo com a entidade, o ano de 2013 encerrou dentro das expectativas, considerando o desempenho apresentado pela economia brasileira. As vendas de todos os segmentos somados (automóveis, comerciais leves, caminhões, ônibus, motocicletas, implementos rodoviários e outros, como carretinhas para transporte) apresentaram queda de 2,29% em 2013 no comparativo com 2012. Ao todo, foram emplacadas 5.458.671 unidades em 2013, ante as 5.586.525 registradas no ano anterior.

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Na opinião do presidente executivo da Fenabrave, Alarico Assumpção Jr., o ainda alto nível de endividamento da população, que ficou em 65% no ano, acabou por provocar certa limitação de crédito para a venda de automóveis. “A manutenção do IPI para automóveis e comerciais leves impediu uma queda maior para esses segmentos, que somaram resultado 1,61% negativo no acumulado de 2013 sobre o ano anterior. Mesmo com essa ligeira queda, acreditamos que os resultados tenham sido bastante razoáveis, pois estamos comparando com uma base alta de volume, registrada nos anos anteriores”, reforça Alarico Assumpção Júnior.

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Para caminhões, ônibus, implementos, tratores e máquinas agrícolas, o desempenho do ano foi bastante positivo, em função da atividade agrícola e do PSI, programa oferecido pelo BNDES com taxas deflacionadas.

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Segundo levantamento da Fenabrave, em 2013 houve queda da inadimplência, que chegou a 6,8% para pendências acima de 90 dias.

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O ano também foi o melhor da história para os segmentos de comerciais leves e ônibus. Para caminhões, foi o terceiro melhor ano da história do segmento, atrás apenas dos resultados obtidos em 2010 e 2011, respectivamente.

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O mês de dezembro, com um dia útil a menos que novembro (19 e 20 dias, respectivamente), registrou crescimento de 16,03% em todo o setor, e houve crescimento, também, em cada segmento.

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Ao todo, foram emplacadas 510.808 unidades no último mês de 2013, ante 440.244 registradas em novembro.

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Em função da expectativa de aumento da alíquota do IPI em janeiro 2014, as vendas dos segmentos de automóveis e comerciais leves cresceram acima da média em dezembro passado, chegando a um desempenho 16,57% maior que o registrado em novembro. Foram emplacadas 335.948 unidades em dezembro ante 288.203 no mês anterior. “Já esperávamos um aquecimento nas vendas em dezembro, por conta do fim do IPI, no dia 31. Estávamos com vendas diárias de cerca de 14.000 unidades em novembro e, em dezembro, chegamos a atingir 20.000 unidades/dia em alguns períodos”, argumentou Assumpção Jr.

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Projeções para 2014

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Considerado um ano atípico pela Fenabrave, 2014 traz possibilidades distintas de desempenho para o setor automotivo. Segundo a sócia-diretora da MB Associados (consultoria contratada pela Fenabrave), Tereza Fernandez, alguns fatores, como o Carnaval no terceiro mês do ano, a realização da Copa do Mundo (que deve provocar queda no número de dias de vendas), Eleições, entre outros desafios da economia, como inflação, taxas de juros, câmbio, entre outros, podem afetar o resultado dos emplacamentos de veículos este ano.

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 Assim, a Fenabrave divulgou dois cenários possíveis para o ano:

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Cenário 1

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• Considerado o mais positivo, neste cenário, a soma de todos os segmentos do setor automotivo brasileiro deve encerrar 2014 com crescimento de 0,21%, totalizando 5.293.899 unidades emplacadas.

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• Para automóveis e comerciais leves, espera-se que o desempenho seja o mesmo de 2013, totalizando 3.575.935 unidades;

• O setor de caminhões deverá contabilizar 165.650 unidades até o fim de 2014, com aumento de 6,40% ante o ano passado;

• O mercado de ônibus deve encerrar 2014, de acordo com a Fenabrave, com crescimento de 2,80%, totalizando 36.625 veículos emplacados;

• O segmento de motocicletas, que ainda sofre com a retração de crédito, deve encerrar 2014 com o mesmo desempenho de 2013, totalizando 1.515.689 unidades comercializadas.

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Cenário 2

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• Neste cenário, a soma de todos os segmentos do setor automotivo brasileiro deve encerrar 2014 com queda de 3,60%, totalizando 5.092.747 unidades emplacadas.

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• Para automóveis e comerciais leves, espera-se que o desempenho seja 3,50% menor que em 2013, totalizando 3.450.800 unidades;

• O setor de caminhões deverá contabilizar 158.808 unidades até o fim de 2014, se considerado este cenário, com aumento de 2% ante o ano passado;

• De acordo com esta projeção, o mercado de ônibus deve encerrar 2014 com performance idêntica a 2013, totalizando 35.628 unidades emplacadas;

• Considerando o cenário 2, o segmento de motocicletas deve encerrar 2014 com queda 4,50%, totalizando 1.447.511 unidades comercializadas.

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Impacto do IPI e da Lei do ABS/Airbag

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Na opinião do presidente executivo da Fenabrave, o aumento de preço dos veículos, por conta da obrigatoriedade de implantação dos sistemas de AirBag e ABS nos automóveis, terá pouco impacto nas vendas. Segundo o que foi apurado pela entidade, o aumento, que deve ser de cerca de 5% sobre o valor do veículo de entrada (em torno de R$ 1,5 mil), será diluído no financiamento. “Se considerarmos um prazo médio de financiamento de 36 meses, o valor da parcela subiria em torno de R$42,00, o que pode ser considerado simbólico em relação aos benefícios de segurança que serão agregados”, declarou Alarico Assumpção Júnior.

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Já o aumento da alíquota do IPI pode impactar mais nos resultados de vendas do setor. “Mesmo ainda parcial, o retorno do IPI deve causar efeito negativo nos emplacamentos de automóveis e comerciais leves, pois o imposto é em cascata e deve ser maior do que o percentual reajustado da alíquota (entre 1% e 2%).

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Acompanhe abaixo o desempenho de cada segmento em 2013

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Automóveis e Comerciais Leves – Foram emplacados 3.575.935 unidades de automóveis e comerciais leves no acumulado de 2013, contra 3.634.456 no ano anterior, o que representa queda de 1,61%. Em dezembro foram emplacados 335.948 unidades, contra 288.203  em novembro. O desempenho dos segmentos foi de alta de 16,57% no mês passado, se comparado ao mês anterior.

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Caminhões e Ônibus – O mercado de caminhões registrou alta de 13,02% na comparação dos acumulados de 2013 e 2012. Foram emplacados 155.691 caminhões no ano passado, ante 137.752 unidades no mesmo período de 2012. Ao comparar dezembro de 2013 (14.502 unidades) com novembro (11.712 unidades), o segmento cresceu 23,82%.

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O segmento de ônibus cresceu 20,58% no comparativo entre os acumulados de 2012 e 2013, passando de 29.546 unidades emplacadas para 35.628. Entre novembro (3.023) e dezembro (3.413), o crescimento do setor foi 12,90%.

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Na soma dos dois segmentos (caminhões e ônibus), o desempenho do ano foi positivo no acumulado e também na comparação entre novembro e dezembro do ano passado. Ao todo, foram emplacadas 191.319 unidades em 2013, contra 167.298 no ano anterior – alta de 14,36%. No último mês de 2013, 17.915 unidades foram emplacadas no Brasil. Este volume é 21,58% maior que as 14.735 unidades registradas em novembro.

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Motos – O segmento de duas rodas que ainda sofre com a restrição de crédito apresentou queda de 7,44% na comparação entre os acumulados de 2012 e 2013. No ano passado foram emplacadas 1.515.689 unidades, ante as 1.637.507 registradas em 2012. No comparativo entre os meses de novembro (122.227 motos) e dezembro (140.587 unidades), o resultado foi de alta de 15,02%.

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Implementos Rodoviários – Este setor registrou alta de 33,46% entre janeiro a dezembro de 2013, no comparativo com o mesmo período do ano anterior. Foram comercializadas 69.545 unidades em 2012, contra 52.110 implementos no mesmo período de 2012. De novembro (5.677) para dezembro (7.135), o crescimento foi de 25,68%.

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Outros – Outros veículos, como carretinhas para transporte, apresentaram crescimento de 11,59% na comparação dos acumulados, passando de 95.154 unidades para 106.183. Ao comparar os meses de novembro e dezembro, este setor retraiu em 1,90%, passando de 9.402 unidades para 9.223 no mês anterior.

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Mais informações:

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MCE- Comunicação Empresarial

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Contatos: Rita Mazzuchini (Mtb 22128), ou Daniela Figueira

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