Emplacamentos de automóveis e comerciais leves crescem mais de 3% em fevereiro, e redução do IPI pode estimular consumo em março

São Paulo, 3 de março de 2022


Com a retomada gradativa da produção, houve aumento nas vendas de automóveis e comerciais leves em fevereiro, sobre janeiro deste ano, apesar da queda, no acumulado do bimestre. A redução do IPI deverá ajudar o mercado, principalmente, para as marcas que mantiveram suas tabelas de preços inalteradas.

3 de março de 2022 A FENABRAVE – Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores divulgou, hoje, os dados de emplacamentos de veículos em fevereiro e no 1º. Bimestre de 2022. 

Com apenas 19 dias úteis, o mês de fevereiro foi positivo para os segmentos de automóveis e comerciais leves. Com mais de 120 mil unidades comercializadas, ante as 116 mil de janeiro, o mercado vem, segundo o Presidente da FENABRAVE, se acomodando, apesar das dificuldades ainda existentes, como a alta dos juros e a maior seletividade no crédito. “Acreditamos que, com a diminuição do IPI, promovida pelo Governo, o mercado de veículos poderá ser favorecido, principalmente, para as marcas cujas montadoras mantiverem os preços dos produtos inalterados, conforme tabela do início de fevereiro, e também aplicarem a redução da alíquota do IPI”, razão pela qual, para José Maurício Andreta Jr., o momento ideal para comprar um veículo é agora, em função do preço reduzido.

O Decreto Federal nº 10.979, anunciado pelo Ministério da Economia, na última sexta-feira, 25 de fevereiro, promoveu uma redução de 18,5% na alíquota do IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados incidente em veículos. A redução varia conforme a eficiência energética e incide sobre as alíquotas constantes na TIPI – Tabela de incidência do Imposto sobre produtos industrializados, que diferencia os veículos por cilindrada e peso, entre outras características.

A FENABRAVE está pleiteando, junto à Receita Federal, que a redução do IPI seja válida para os veículos em estoque das Concessionárias, atualmente, estimado em 19 dias de vendas, para autoveículos (cerca de 83 mil unidades).

Balanço Geral do Setor

O saldo do primeiro bimestre de 2022, para todos os segmentos automotivos em geral, foi de queda de 13% sobre igual período de 2021. O setor, como um todo, ainda sofre com a falta de peças e componentes para alguns modelos, além da queda da renda da população, do aumento dos juros e da maior seletividade no crédito continuarem impactando a recuperação do mercado, no Brasil.

De acordo com dados da FENABRAVE, os emplacamentos retraíram 5,6%, em relação a janeiro, e 10%, na comparação com fevereiro de 2021.“Vemos segmentos, como o de automóveis, que mostraram recuperação, mas, vivemos, ainda, um momento complexo para o setor, no qual muitos têm enfrentado dificuldades para conseguir crédito, além de persistir a escassez de produtos em muitas categorias de veículos, em função da falta de insumos e componentes. Isso freia o avanço das vendas”, disse o Presidente da FENABRAVE, Andreta Jr.

Crise entre Rússia e Ucrânia

Até o momento, não é possível mensurar os impactos da crise entre Rússia e Ucrânia, como a piora no abastecimento de peças, aumento no preço dos combustíveis e insumos agrícolas, entre outros fatores que podem comprometer as projeções da FENABRAVE para 2022.

A entidade fará revisão nas projeções, para o ano de 2022, ao final do mês de março, devendo divulgar os possíveis ajustes no início de abril.

TABELA DE EMPLACAMENTOS

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